O Santos está em ótima fase neste início de temporada. Ostentando a melhor campanha do Campeonato Paulista até o momento, o Peixe assegurou sua vaga nas quartas de final do estadual com cinco rodadas de antecedência.
Além disso, conquistou vitórias em dois dos três clássicos que disputou e, no último domingo (25), testemunhou sua torcida lotar o estádio do Morumbi na vitória diante do São Bernardo.
Carille comemora momento no Santos
Uma parte significativa dessa reviravolta, apenas dois meses após o inédito rebaixamento para a Série B do Brasileirão, está diretamente relacionada ao trabalho do técnico Fábio Carille.
Encarregado da montagem do elenco em conjunto com o coordenador esportivo Alexandre Gallo, o treinador do Santos diz que se sente em casa na Baixada Santista.
“Aqui foi o lugar que eu saí mais triste na carreira. Quero realizar um bom trabalho, o time já tem uma espinha dorsal para trazermos poucos jogadores e seguirmos forte em 2025. Quero seguir aqui, me sinto em casa”, disse o treinador do Peixe em entrevista ao ge.
Carille destacou o afeto pelo clube da Vila Belmiro, lamentou o encurtamento de sua história em sua primeira passagem e revelou que não estava nos seus planos retornar ao Brasil neste momento. A decisão de deixar o Japão só foi concretizada devido ao interesse do Santos em seu trabalho.
Treinador destacou importância do acesso
O treinador também compartilhou detalhes do dia a dia com o recém-formado grupo de jogadores, elogiou o desempenho inicial de João Schmidt, Diego Pituca e Hayner, expressou estar impressionado com a dedicação nos treinamentos por parte de Cazares, e esclareceu os planos de contratações para a disputa da Série B.
“A obrigação é de subir. Nosso papel é pensar em ser campeão. Não posso pensar em ficar em quarto porque qualquer erro eu fico em quinto. Temos que pensar em título”, destacou o treinador do Santos.
“Vamos ter condições, mas a obrigação é de ficar entre os quatro. Ser campeão dependerá muito do que vai acontecer e vamos brigar por isso, mas a obrigação é subir e estar na Série A de 2025”, completou ele.
Pressão no Japão e chegada ao Peixe
O treinador foi questionado sobre o trabalho no Japão e destacou o sonho que tinha ao longo da sua carreira, mas pontou que sentiu saudade do futebol brasileiro:
“Sim, eu estava. A minha ida para o Japão foi um sonho que eu tinha desde a época de jogador no XV de Jaú. Naquela época, tinha uma parceria entre o clube e o Japão. Sempre tínhamos jovens jogadores por lá, tenho amigos que trabalharam muito tempo no Japão como o Walmir Cruz (preparador físico), o Emerson Sheik, o Danilo, o Oswaldo de Oliveira. Eles falavam tão bem do país que fortaleciam minha vontade de trabalhar lá. Quando veio a proposta, conversei com algumas pessoas e todos falaram bem. Posso dizer que foi um sonho realizado trabalhar naquele país por um ano e meio.”
O treinador destacou a pressão no Santos, mas elogiou. “Aqui no Brasil não tem jeito. Sabemos da pressão, da dificuldade para treinar, mas é gostoso. É o nosso país, nunca escondi o desejo de voltar. Não pensei que fosse agora, o Santos mexe comigo pelo período que trabalhei aqui, pelos amigos que fiz. Quando começou a conversa por essa possibilidade de volta, amadureci a ideia”, disse.