A Polícia Civil identificou os suspeitos de envolvimento no ataque ao ônibus do Fortaleza. A confirmação foi feita pelo chefe da Polícia Civil, Renato Rocha.
A novidade foi revelada após uma reunião entre as principais autoridades de segurança do Estado na última sexta-feira (23). Ele optou por não estabelecer um prazo para as primeiras prisões relacionadas ao caso.
Polícia Civil se pronuncia sobre ataque
A teoria principal segue a mesma, indicando que os torcedores do Sport planejaram o ataque ao ônibus e que a delegação do Fortaleza era o alvo real. As autoridades policiais não sustentam a hipótese de que o veículo tenha sido confundido com o de uma torcida organizada do clube cearense:
“Estamos com um prognóstico bom da situação e acreditamos que vamos chegar a alguns responsáveis por este ato. Temos algumas pessoas identificadas. Não gostaria de falar agora (número) para não atrapalhar. Temos um número, não é só uma pessoa, e acreditamos que vamos chegar a uma organização”, afirmou Renato Rocha.
O Secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, assegurou uma resposta rigorosa diante do episódio de violência.
“Não são torcedores. São criminosos, que cometeram atos, e que não há outra classificação. É uma tentativa de homicídio da forma que foi feita. A Polícia Civil está investigando de uma forma muito diligente, não podemos entrar em detalhes, mas há alguns identificados. Falo que tenham paciência que vamos dar uma resposta e será proporcional ao crime que foi cometido.”
Reunião de autoridades
As principais autoridades de segurança do Estado se reuniram na sexta-feira no grupo de trabalho de futebol para abordar não apenas o ataque ao ônibus do Fortaleza, mas também para discutir medidas visando garantir a segurança em praças esportivas no Estado.
Uma das medidas anunciadas após a reunião é o reforço da segurança nas escoltas das delegações. No ataque da última quarta-feira (21), o ônibus do Fortaleza estava sendo escoltado por cinco motocicletas e uma viatura, contando com um total de oito policiais.
“Nós mudamos alguns protocolos. Não tivemos em Pernambuco um incidente dessa natureza contra uma delegação. Daqui pra frente, teremos um reforço na escolta dos times visitantes para que isso não volte a ocorrer. Não é a realidade dos torcedores, foi um grupo criminoso que deliberadamente se organizou para atacar a organizada do Fortaleza”, informou Alessandro.
O que aconteceu
Assim que deixaram o estádio da Copa após o empate com o Sport pela Copa do Nordeste, membros da delegação, diretoria e equipe de apoio do Fortaleza foram alvos de bombas e pedras lançadas por torcedores do time pernambucano, identificados como estando “vestidos de amarelo”, conforme relatado pelo CEO do Leão do Pici, Marcelo Paz.
Seis atletas tricolores ficaram feridos, necessitando de encaminhamento para um hospital em Recife. Entre os casos mais graves encontravam-se o do goleiro João Ricardo, que precisou de seis pontos na cabeça, e o do lateral-esquerdo Escobar, que apresentou um trauma cranioencefálico.