Em entrevista ao ge, Marcelo Teixeira abriu o jogo sobre as situações envolvendo Fabián Bustos, que colocou o Santos na Justiça e exige o pagamento de R$ 4 milhões. O mandatário também expôs o acordo com a concessionária do Pacaembu e mais.
Transfer ban e complicação com Fabián Bustos
Recentemente, os advogados de Fabián Bustos, ex-treinador da equipe, entraram com um processo contra o Santos, que rendeu um transfer ban. Ou seja, o time não pode registrar os novos jogadores enquanto não pagar os R$ 4 milhões.
Questionado se houveram conversas com o treinador, Marcelo Teixeira revelou que vem tendo conversas com Bustos. “O primeiro contato foi feito pelo Marcelo Fernandes (auxiliar técnico). O Bustos explicou que não estava mais na esfera dele, que já havia esgotado as conversas com a gestão anterior e havia entregado nas mãos dos advogados”, comentou.
“O nosso jurídico está em contato com o Bustos, mas não obtivemos uma resposta. Não sei qual é a dificuldade, me parece que é por falta mesmo de um retorno. Eles disseram a vocês que não houve o contato do Santos, mas o Santos tem feito as tentativas de contato. Queremos resolver”, ressaltou Teixeira, que citou as propostas:
“A única alternativa viável seria o parcelamento. Este é o entrave que existe. Continua o transfer ban. Não podemos assumir um compromisso hoje deste valor, assim como também não assumiria outro que não cumpriria. Estamos propondo de forma aberta, até mesmo para que o Santos possa cumprir. Não adianta insistir em um pagamento à vista. É um problema sério e isso nos prejudica muito.”
Jogos no Pacaembu
O presidente também falou sobre o acordo que o Santos fechou com a concessionária que administra o Pacaembu. Questionado sobre quantos jogos pretendem fazer em São Paulo, Teixeira disse que tem alguns acordos previstos em contrato.
“No contrato há alguns acordos, como o número de jogos, o match day no estádio e a possibilidade de levarmos, caso haja a demolição da Vila para a construção de uma nova arena, o Memorial de Conquistas para o Pacaembu”, comentou.
“Existem alternativas, estamos aguardando porque havia uma previsão de inauguração que precisou ser adiada. Estamos acompanhando o processo e tudo está muito bem encaminhado, principalmente caso o Santos venha a não ter mais a Vila Belmiro”, pontuou ele, que explicou o futuro:
“Se isso acontecer, teremos definido o Pacaembu como segunda casa. Não que isso signifique que o Santos não jogaria em outros lugares, temos agora um jogo no Morumbis (domingo, 25 de fevereiro, contra o São Bernardo). Há uma abertura grande com o presidente Casares, uma relação boa, nos conhecemos há muito tempo, acredito que temos outras possibilidades, não apenas o Pacaembu.”
A compra do CT Rei Pelé
No início do ano, o Santos aproveitou para realizar o direito de compra do CT Rei Pelé à SPU. Marcelo Teixeira comentou brevemente sobre o assunto. “A avaliação do laudo atualizado está em aproximadamente R$ 75 milhões. Foi o laudo apresentado e é o laudo que estamos anexando no processo de compra”, revelou.
Porém, ainda não houve uma definição do modelo de pagamento:
“Por enquanto, não chegamos nesse acordo. Há um acompanhamento por parte da presidência da República, através do vice-presidente Geraldo Alckimin, também através da SPU (Secretaria de Patrimônio da União) e ministra Esther Dweck (responsável pela pasta de Gestão e inovação em Serviços Públicos). Estamos respeitando os trâmites dentro da lei.”
“O Santos já exerceu o direito de compra, recebeu por parte da SPU a necessidade da exigência da atualização do laudo e já entregamos o documento. O prazo era até março de 2024, o Santos se adiantou e já entregou o documento. O processo está em andamento”, completou.