Nesta segunda-feira (19), Marcos Braz e Bruno Spindel, dirigentes do Flamengo, comentaram sobre o mercado da bola do time na temporada. Além de falar sobre a situação de Léo Ortiz, do Bragantino, os executivos destacaram as perdas do time na Copa América.
Pedido à CBF
Ao discutirem a atuação no mercado, Braz e Spindel foram questionados sobre a reposição de possíveis perdas do Flamengo durante a Copa América, que consumiria nove datas do Campeonato Brasileiro.
A dupla de dirigentes do Flamengo solicitou “isonomia”, destacando que algumas demandas do clube foram recusadas para não prejudicar terceiros.
Bruno Spindel afirmou que não adotar o princípio da isonomia desvaloriza o produto, com a possibilidade de clubes ficarem muito desfalcados e recorrerem a jogadores jovens da base:
“Tema que nos preocupa muito, tema que, do ponto de vista do clube, a gente acha que pode remediar um pouco, mas é um problema sem solução. Se o Flamengo tivesse orçamento infinito, ainda seria um problema de dificílima solução. Flamengo se sente extremamente penalizado pelo calendário, foram feitas algumas propostas com outros clubes para que se possa valorizar o campeonato mais competitivo do mundo.”
O executivo destacou o potencial, mas que o produto fica complicado de ser valorizado. “Tem potencial para ser o melhor produto do mundo. Se continuar sendo penalizado por competições que são jogadas paralelamente, fica muito difícil de valorizar o produto“, disse ele, que revelou conversas com a CBF:
“A gente tem conversado e espera que a CBF consiga encontrar uma solução. A CBF sempre defendeu isonomia. Por diversas vezes que pedimos pequenas alterações de calendário, não fomos atendidos por questão de isonomia, mas os princípios têm que valer sempre. A gente pedia uma determinada alteração de jogo, e a CBF se posicionava: “Por isonomia, eu não posso alterar”. Sempre com o argumento da isonomia, algumas demandas nossas que não poderiam ser atendidas, nós pedimos que atendam.”
Braz concorda com pensamento de Spindel
Vice de futebol, Braz concordou com a ideia de seu colega. “A gente está cobrando a mesma isonomia. Se você fizer análise de Bayern, City ou qualquer um, tirando três jogadores, você sofre e vai perder. É o que está posto”, destacou ele.
“O Flamengo apresentou algumas alternativas de mudança de calendário e de jogos, não sei se vai ser possível. A gente tem extrema preocupação, mas está trabalhando dentro do que é possível para que se possa remediar esse problema”, concluiu.
Novas opções para a zaga
Por fim, os dirigentes foram questionados sobre a possibilidade em contratar novos jogadores para a defesa. “Externar para a torcida que quando a gente está numa situação como a do Léo Ortiz, a gente trabalha com outros nomes. Apenas não foram vazados os outros nomes”, destacou.
“Se não vier o Léo Ortiz e vier outro jogadores, vão dizer que inventou o jogador. Não, não inventou o jogador. São jogadores que são sistematicamente monitorados. A gente não inventa nenhum nome, não acha nenhum nome. Se algum nome sair por vocês, é sistemático aqui dar maior musculatura ao elenco”, concluiu.