Em entrevista para o ge, o volante Éderson abriu o jogo e comentou sobre o momento que está vivendo na Atalanta, da Itália. Atualmente, o time é um dos principais destaques da Série A.
Melhora na sua carreira
Na conversa, o jogador revelou que acredita ter melhorada o seu desempenho em campo pela Atalanta. “Em números ofensivos, defensivos, estou vivendo a melhor fase da minha carreira. Fisicamente e também mentalmente”, disse o volante.
Porém, Éderson pontua que ainda tem o que melhorar. “Acredito que sim, mas acho que ainda tem um pouquinho a mais aí para evoluir. Estou trabalhando no dia a dia para isso, para manter a boa fase e se possível melhorar quaisquer detalhes”, contou o jogador.
Sobre a melhora, o volante citou o seu lado mental como o mais importante para manter-se com bons números:
“Na última temporada eu vim com uma outra expectativa, talvez de como como está sendo esta. E quando não aconteceu, eu fiquei um pouco pensativo, né? Talvez porque eu não estava entendendo 100% o Mister (Gian Piero Gasperini). Voltei com a cabeça um pouco melhor para esta temporada. Procurei entender um pouco mais do que do que estava ele estava me pedindo. Acho que que o diferencial para estar vendo se esse momento foi mais a capacidade mental.”
Mudança tática
Ainda em relação ao seu desempenho ter melhorado, Éderson explicou que melhorou em vários quesitos, não apenas taticamente. “Acho que tem muitos detalhezinhos que eu pude aprender, pude entender com ele, mas acho que uma das coisas que me ajudaram muito, que foi diferencial”, contou.
“Antes, eu gostava muito de receber a bola mais no centro do campo, atrás dos meias que vinham marcar, e muitas dessas vezes eu estava de costas para o meu marcador. Então eu não consegui girar sempre e acabava usando muita força para isso, para proteger a bola, girar. Às vezes não conseguia. Acabava voltando o jogo”, citou ele, que completou:
“Ele percebeu isso e me pede até hoje para descer um pouco mais ali próximo dos zagueiros, para receber essa bola de frente, ter um campo de visão mais amplo, fazer um dois, ou se tiver muito espaço, conduzir um pouco mais a bola, mas tentar estar sempre de frente para o meu marcador e não de costas, que é um pouco mais difícil para poder dar a sequência na jogada ofensiva.”
“Agora, eu vejo o que ele queria. Alguns momentos eu ainda costumo fazer isso. Mas eu sempre procuro agora estar de frente para o marcador, que é um pouco mais fácil para decidir as jogadas”, explicou Éderson.
Aspecto mental forte
O volante também ressaltou o seu lado mental forte como importante para garantir melhores resultados em campo. “Acho que eu sempre assim tive um bom mental, né? Acho que até uns anos antes, um pouco mais jovem ainda, para a minha idade, sempre tive um bom mental, talvez em alguns momentos não, mas isso tudo é aprendizado”, destacou Éderson.
“Mas acho que no geral, eu sempre tive bom mental, sim. E essa questão de às vezes as pessoas olham assim e falam: ‘Ah, regrediu’. Quando eu estava no Corinthians, eu tinha a opção de continuar mesmo naquele momento, mesmo com algumas situações que, a meu ver, não foram corretas”, contou ele, que finalizou:
“Mas eu tinha opção de estar ali ainda. Fiquei brigando por muito tempo e mostrando que eu podia fazer parte do elenco. Naquele momento que eu caí um pouco de produção, acho que foi no geral, o time todo estava num momento ruim. Então, acho que é normal. Quando o time todo está no momento ruim, serve trabalhar. Usar esse mental nos treinos. Fiquei muito tempo ali trabalhando, treinando separado do grupo. E aí vi que não estava adiantando, os meus esforços não estavam adiantando ali.”