O Bahia, comandado por Rogério Ceni, teve um resultado negativo no primeiro clássico de 2024, sendo derrotado pelo Vitória por 3 a 2. A partida ocorreu na tarde do último domingo (17) no Barradão.
O Bahia começou o jogo em desvantagem no placar após o gol de Osvaldo, mas conseguiu a virada com Thaciano e Everton Ribeiro ainda no primeiro tempo.
O desempenho do Tricolor diminuiu na segunda etapa, com a expulsão de Rezende, resultando na virada com gols de Osvaldo e Alerrandro. No final da partida, Jean Lucas também recebeu um cartão vermelho.
Falha no lance
Durante a coletiva de imprensa, Rogério Ceni, treinador da equipe, comentou sobre as falhas do Bahia nos lances dos gols do Vitória:
“No primeiro gol saímos jogando de forma equivocada. No terceiro gol foi bola parada, que nós vimos que era ponto forte do Vitória. Vamos sofrer gols, mas propiciamos ao Vitória ter as oportunidades. Nós cometemos erros bobos que saíram gols.”
O treinador também explicou a sua intenção em relação a Everton Ribeiro. “O Everton, eu pretendia ter ele por 60 minutos nos três jogos. Tenho preparado o Yago, o Rezende. Os jogadores baixaram a rotação”, comentou o técnico.
Ceni expôs mais alguns problemas que viu no Bahia ao longo da partida. “O Caio vinha de 90 minutos, e eu sabia que ele ia cansar cedo. Nós perdemos a posse quando teve a expulsão do Rezende. Mas jogamos abaixo do que podemos produzir”, destacou.
Foco na Copa do Brasil
Após o primeiro clássico de 2024, o Bahia concentra sua preparação para um desafio crucial: a estreia na Copa do Brasil. Às 20h desta quarta-feira (21), o Tricolor enfrentará o Moto Club no Estádio Municipal Nhozinho Santos, em São Luís, no Maranhão, em um jogo único para a classificação.
Rogério Ceni destacou a importância de manter o foco na partida. “As derrotas machucam. Deveriam incomodar muito os envolvidos. Temos Copa do Brasil agora, um jogo só. Temos que ver o que temos de melhor”, comentou o técnico.
O treinador ainda pontuou as longas viagens que o Bahia irá realizar nos próximos dias:
“Depois temos uma viagem de oito horas de ônibus contra o Juazeirense. Depois outra viagem para Maceió. Assim como tivemos vantagem de jogar em casa, vamos sofrer mais agora. É natural. É classificar na Copa do Brasil, voltar para cá. Na nossa previsão [antes do Ba-Vi], poderíamos ter colocado uma equipe mais alternativa no final de semana [contra o Juazeirense]. Agora vou ter que pensar porque corre um risco depois do que aconteceu hoje.”
Situações de Cuesta e Thaciano
Thaciano, um dos autores dos gols do Bahia, deixou o jogo após sentir uma pancada. Rogério Ceni destacou que a substituição do jogador foi pensando exatamente em preservar o atacante para os próximos jogos. Ele citou a importância de Rezende.
“O Thaciano tomou pancada em cima do mesmo lugar que tinha tomada no último jogo. Achamos por bem, naquele momento, fazer substituição. O Rezende não tem condição de jogar os 90 minutos. Substituição natural. No final, colocamos o Rezende de primeiro volante. O Caio também cansado. Hoje ele estava um pouco abaixo fisicamente”, explicou.
Em relação a Cuesta, o treinador destacou que o jogador deve entrar em campo na próxima partida:
“Vai atuar a próxima [partida]. Quer que eu coloque ele agora? Eu não posso colocar todo mundo. Estamos tentando preservar os jogadores de lesão. O ano não acaba agora. Tem que respeitar fisiologia. Ano passado tivemos muitos jogadores lesionados. As escalações são muito mais em virtude dos jogos. Obviamente, o Cuesta joga na quarta-feira. Foi um dos últimos a chegar. Vamos respeitar o tempo de cada um. Tem jogo a cada três ou quatro dias.”
Por fim, Rogério Ceni pontuou os problemas de transição no Bahia. “A gente precisa melhorar em muita coisa, não só isso. Houve muita virada do jogador canhoto, o Wagner Leonardo, para Osvaldo. Nós tentamos corrigir no segundo tempo, diminuiu. Deveríamos ter marcado mais pressão a bola para que não existisse”, explicou.