A saída de Rodrigo Caetano levou o Atlético-MG a optar por um perfil familiar para ocupar o cargo de diretor de futebol: um ídolo. Victor Bagy, ex-gerente de futebol, foi escolhido para ser o sucessor.
Reconhecido como o braço direito de Caetano, ele seguirá um modelo anterior adotado em 2018, quando Marques, ídolo do clube, assumiu a função por 160 dias.
O substituto de Caetano
Apesar do enfoque na figura de um ídolo seguir um modelo semelhante, o contexto e os momentos são distintos. Victor já fazia parte do cotidiano do futebol profissional do Atlético-MG e atuava como braço direito de Caetano, com quem compartilhou os últimos três anos.
Conhecido como “Santo” por suas defesas cruciais no título da Libertadores em 2013, o ex-goleiro deu um passo em direção à gestão e buscou se preparar para essa transição.
Ainda enquanto atuava nos gramados, Victor cursou Educação Física pela Escola Superior de Jundiaí, concluindo sua formação em 2005.
Depois disso, o ex-goleiro buscou formação na área de gestão. Ele realizou o curso de Gestão Técnica do Futebol na Universidade do Futebol e o curso de Executivos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Desde que assumiu a função de gerente em 2021, Victor atuava como o elo de conexão com o vestiário, estando presente no dia a dia da equipe. Atualmente, ele assume de maneira mais ativa a responsabilidade de gerir o elenco, assim como a comissão técnica.
No conjunto de suas novas atribuições, ele também assume o protagonismo como negociador. Victor é o encarregado de conduzir conversas relacionadas a reforços, renovações e saída de jogadores. Todas essas responsabilidades são realizadas em conjunto com o comitê do futebol, tendo Sérgio Coelho como presidente.
Marques tinha sido diretor de futebol
Marques assumiu interinamente o comando do futebol no final de 2018, substituindo Alexandre Gallo, que foi demitido do cargo. Antes disso, o ex-atacante desempenhava a função de coordenador na base do clube.
Em entrevista ao ge, o ex-atacante compartilhou suas impressões sobre a efetivação de Victor no cargo do Atlético-MG:
“Olhando a trajetória do Victor até agora, com a experiência que ele adquiriu com o Caetano, aprendizado, dia a dia. Acredito que ele se coloca em um bom estágio para cumprir essas funções. Eu ouvi a entrevista do Felipão, abraçando a ideia, falando de como o Victor se relacionado com os atletas. Eu acho que ele está mais do que preparado.”
O momento era desafiador para o Atlético. O clube enfrentava turbulências devido à fase complicada no Campeonato Brasileiro, com intensa pressão da torcida. O nome de Marques foi chamado para preencher uma lacuna nesse contexto.
“O respaldo é primordial – e os resultados. Na minha época, a mudança houve porque as coisas não estavam funcionando. Eu estava na base, em um trabalho de reestruturação, de uma avaliação positiva. Naquela hora, foi importante a mudança. Era um momento de turbulência, um momento diferente do que está acontecendo agora”, comentou Marques.
“Eu cumpri a função para apagar um incêndio na época. Era um nome para proteger um segmento importante dentro do clube. Eu estava li para dar todo respaldo”, destacou ele.