Neste domingo (18), o Corinthians arrancou um empate no apagar das luzes com o Palmeiras. O jogo acabou no 2 a 2, em partida válida pelo Campeonato Paulista. Em entrevista coletiva após o duelo, António Oliveira, técnico do Timão, destacou o trabalho que vem sendo feito.
António Oliveira fala sobre fase
Questionado sobre a obrigação de vencer mais jogos, o treinador citou o imediatismo do futebol brasileiro. Atualmente, o Corinthians está na lanterna do Grupo C, com 10 pontos.
“Desde que cheguei, vivemos dia a dia, jogo a jogo, e é assim que vamos encarar cada treino e cada semana de preparação. Assim vamos nos preparar melhor e disputar a vitória em todos os jogos. O mais importante é descansarmos, com Ponte Preta, Ponte e Água Santa vamos ter tempo para trabalhar sobre eles. Se ganharmos os três jogos, possivelmente estaremos classificados”, afirmou ele, que completou:
“A cultura esportiva brasileira é assim, mas há duas semanas falava de outra situação (rebaixamento). Futebol é assim, apaixonante. Se tivermos a oportunidade, vamos agarrá-la. O mais importante é descansarmos pois teremos uma competição muito importante pela frente contra o Cianorte, que merece muito respeito.”
Situação dos jogadores
A partida terminou com nove jogadores para o lado do Corinthians. Yuri Alberto não aguento as dores e pediu para deixar o gramado. Enquanto isso, Cássio levou o cartão vermelho e deixou o time nos minutos finais do confronto.
“Sobre o Yuri, ainda vai ser reavaliado. Só teremos uma posição nos próximos dias. Esperamos que não seja nada de grave, porque voltou a fazer o que mais gosta, ser feliz. Queremos todos disponíveis para a gente competir”, disse o treinador.
“O adversário abdicou rapidamente do jogo. Nós, como uma equipe guerreira, batalhadora, nunca desistimos. Eles encaram aquilo que realmente é cultura do Corinthians, portanto eu enquanto técnico, diretoria e torcedores estão muito orgulhosos deles”, citou António Oliveira.
O treinador também falou sobre a importância de Cássio para o Corinthians. “Cássio é um jogador de história dentro do clube. Alguém que em nenhum momento se escondeu e que dá sempre o melhor. Não gosto de individualizar, gosto acima de tudo de partilhar esse momento e dar valor ao time”, afirmou o português.
“Ninguém se destaca em termos individuais, se destaca o grupo, o coletivo, assim queremos crescer. Prefiro valorizar o comportamento da equipe, falei dos que nos entraram e vibraram como se estivessem lá dentro. Isso é sinal do compromisso e estamos satisfeitos”, completou.
Obrigação sobre Fausto Vera e Maycon?
O treinador negou que tenha sido obrigado a colocar jogadores, como Fausto Vera e Maycon, em campo. “Ninguém me força a colocar nada. Penso com a minha cabeça. Essa sua colocação não foi a mais feliz. Todos os jogadores contam e são importantes”, disse António.
“Todos passam pelos mesmos momentos de resgate de confiança do seu futebol. Conto com o Fausto e com todos os outros. Quem tiver rendimento, joga; quem não tiver, não joga. Não há muito mais a acrescentar”, seguiu o treinador português.
“O Maycon sentiu um desconforto na véspera do jogo e prefiro que o jogador não jogue um jogo e fique parado dez. Para suprir e dar a resposta, preferimos poupar o Maycon para esse jogo”, explicou o técnico.
Espaço dado a Endrick
Endrick foi o autor do primeiro gol da partida. Questionado sobre a estratégia do time para isso, António Oliveira destacou a importância de Raniele. “Quem faz a dinâmica sabe como é o Raniele entrando na linha. Tivemos êxito em alguns momentos”, disse ele.
“O Palmeiras era superação das nossas costas e qualquer adversário, mas quem consegue analisar o Corinthians consegue analisar alguns padrões ofensivos quando a bola entra para fora, com o Raniele entrando dentro da linha. É uma dinâmica dos nossos processos defensivos”, afirmou ele.
“Temos problemas, claro, tivemos só quatro treinos para eventualmente aplicar algumas coisas que vão sair da repetição. A tendência é que a equipe melhora, porque é apenas o terceiro jogo. Treinamos quatro vezes. O espaço temporal é curto e recuperação é fundamental para os jogadores estarem frescos. De acordo com o que vejo, vou respondendo ao jogo e fiz as substituições quando eram o melhor da equipe”, concluiu o técnico.