Durante a apresentação dos novos reforços do Vasco, Keiller, Victor Luis, Galdames e Adson, na tarde desta terça-feira (6), em São Januário, Alexandre Mattos respondeu a questionamentos dos jornalistas presentes no evento.
O diretor de futebol abordou detalhadamente o processo de contratações do Vasco, reiterou o pedido de compreensão da torcida e enfatizou que a palavra final é sempre da 777 Partners, empresa responsável pela gestão da SAF vascaína.
O que disse Alexandre Mattos?
O dirigente destacou que sabia que muitas coisas haviam mudado com a SAF. “Eu vim para o Vasco sabendo que há uma nova ordem no futebol, uma SAF, que é uma empresa. E a empresa ela toca o clube como uma empresa”, destacou Mattos.
Diretor de futebol do clube, Alexandre Mattos concordou que alguns pontos eram precisos serem analisados. “Obviamente futebol tem algumas particularidades que precisam ser ajustadas com o tempo, principal delas talvez seja a tomada decisão com risco”, afirmou.
O diretor de futebol ainda destacou que, no futebol brasileiro, existem maiores riscos em relação aos investimentos e, consequentemente, às contratações de jogadores. No Vasco não seria diferente:
“No futebol brasileiro o risco faz parte de tudo, a gente trabalha com seres humanos, não máquinas. O risco faz você recuar ou não. No caso de uma empresa, ela quer o menor risco possível. No futebol às vezes você arrisca um pouco mais, o resultado pode vir ou não vir. Você tem que ter saídas e organização para que isso não cause problemas.”
Ainda se habituando…
Mattos afirmou que ainda está se adaptando a esse organograma, destacando que a própria empresa está conhecendo o futebol brasileiro agora. Ele mencionou que uma de suas funções como executivo de futebol do Vasco é conter a ansiedade da comissão técnica de Ramón Díaz e Emiliano Díaz, que frequentemente solicita reforços.
“Eu tenho três grande desafios aqui. Primeiro: comunicação correta para o torcedor. Sei que o torcedor vem de 20 anos sofrendo com essa situação, querendo o Vasco protagonista, o Vasco na página dos campeões. Tenho que comunicar com muita transparência o que é o objetivo”, começou o diretor.
“Ele compreender isso não significa que não vai pressionar, querer títulos e criticar. Mas quando ele sabe o projeto, compreende às vezes algumas tomadas de decisões que pareciam incompreensíveis”, completou.
“É uma empresa que ainda está conhecendo o futebol brasileiro. Você vê a mudança que foi do início para o meio do ano. Essa empresa ainda está absorvendo bastante o perfil dos jogadores que são daqui para de outros mercados do mundo”, completou Alexandre Mattos.
Objetivos para 2024
Por fim, o diretor de futebol destacou o objetivo do Vasco para esta temporada:
“O objetivo do Vasco esse ano é ficar na primeira página do Campeonato Brasileiro. Queremos ser campeões? Claro. Mas o objetivo é estar melhor do que ano passado, não passar o sufoco do ano passado. Muitas vezes tem limitações de perfil, de orçamento, de números. Se analisar, o Vasco já contratou 9, 10, incluindo jogadores que já estavam e tivemos que comprar. É um número relevante para a 777. Isso tudo que precisa ser compreendido.”
O dirigente seguiu listando seus desafios. “Segundo desafio: a ansiedade que tem da comissão técnica. Nosso treinador é extremamente vitorioso. Eu preciso estar ali no meio tentando apaziguar, às vezes vejo as comunicações de que precisamos contratar e precisamos mesmo. Acabamos de perder dois jogadores. Essa ansiedade é de todos, minha também”, continuou Mattos, que completou:
“Terceiro ponto: a minha ansiedade. Sou conhecido no mercado pela agilidade, agressividade, por montagem de elencos que foram quatro vezes campeões brasileiros, vice-campeão da Libertadores… Tenho que entender que a palavra final não é minha. Eu direciono alguns caminhos que eu faria. Alguns são aceitos e outros não. Às vezes coloco algumas necessidades, e eles dizem “não”. Tenho que compreender isso e bola para frente.”