Durante uma entrevista no programa “Abre Aspas” do ‘ge’, Renato Portaluppi abriu o jogo sobre a sua carreira e revelou que nunca foi procurado pela CBF para assumir a Seleção Brasileira.
O treinador do Grêmio contou mais sobre a sua relação com o Flamengo, a sua admiração pelo Rio de Janeiro e sobre a sua carreira como técnico.
Relação com o Rio de Janeiro
Renato Portaluppi nunca escondeu a sua paixão pelo Rio de Janeiro. O treinador contou que sempre foi encantado com a cidade, principalmente por conta dos jogos do Flamengo e a sua idolatria por Zico, jogador do Rubro-Negro.
“O que existia comigo era que eu tinha um ídolo que era o Zico. E Zico-Flamengo-Rio de Janeiro. Assistia a muitos jogos do Flamengo e ao mesmo tempo eu me encantava com o Rio de Janeiro. Eu cheguei com 18 anos no Grêmio”, destacou o treinador do Grêmio.
“Com 19 para 20 anos fui convocado pela primeira vez para a seleção brasileira. E a seleção brasileira era (ir para) Teresópolis (RJ). Sempre amei praia, gosto de sol, gosto de esportes na praia. Então uniu o útil ao agradável”, explicou o técnico.
“Jogava no Grêmio, mas vivia no Rio porque treinava com a Seleção. Todo mundo que jogava no Rio dizia: “pô, você tem que vir jogar aqui, tem que vir para cá”. E aquilo foi entrando na minha cabeça, foi entrando, foi entrando”, contou ele.
Renato relembrou a sua saída do Grêmio:
“Até que um dia cheguei no Grêmio, no final de 1986, e falei: “gosto demais do Grêmio, agradeço muito ao Grêmio, mas eu ganhei tudo aqui no Grêmio. Eu quero buscar espaço maior, quero desafios maiores”. Eu queria ir embora. Aí fui para o Flamengo.”
Procurado pela CBF
Ainda durante a entrevista ao ‘ge’, o treinador foi questionado se chegou a ser procurado pela CBF na época em que Tite corria o risco de deixar o comando da Seleção Brasileira. Ele negou que tenha sido procurado por Rogério Caboclo, presidente da entidade na época.
Renato negou qualquer contato. “Não, não. Alguém sempre chegava “ó, os caras vão te chamar…” Mas eu não trato com ninguém de qualquer clube enquanto o clube ou a seleção brasileira tiver treinador”, destacou o treinador do Grêmio.
“Eu vou respeitar. Se alguém me procurar, pode me esquecer. Quer me contratar tem que estar sem treinador. Eu não vou sacanear colega de profissão”, completou o técnico.
Negaria a Seleção
Na sequência, Renato Portaluppi revelou que, hoje em dia, negaria a proposta, caso a CBF buscasse a contratação do treinador. “Cara, eu vou te falar uma coisa. Vou te falar sinceramente, se eu fosse chamar para a Seleção agora, eu não iria. Com todo o respeito”, disse ele, que completou:
“Nessa bagunça eu não vou entrar não. A seleção brasileira é meu sonho, mas a CBF tem que tomar vergonha na cara. A verdade é essa. Eu não quero chegar na seleção brasileira e ser mais um. Se um dia eu tiver que chegar lá. Mas chegar lá e daqui a 2 meses… “vai embora e me dá aí saco de arroz, saco de feijão, acabou tudo”. Nessa bagunça, eu estou fora.”
“Graças a Deus ninguém me chamou. Eu não iria. Do jeito que está a situação na CBF, independente de quem quer que seja o presidente da CBF, mas ela tem que tomar vergonha na cara. Para o bem do futebol brasileiro”, finalizou Renato Portaluppi.