No último domingo (4), o Palmeiras e São Paulo entraram em campo na grande disputa da Supercopa do Brasil. O campeão do Brasileirão e o campeão da Copa do Brasil se enfrentaram no Mineirão, em Belo Horizonte (MG).
O time de Abel Ferreira sofreu uma derrota por 4 a 2 nos pênaltis para o São Paulo, depois de um empate sem gols no tempo regulamentar. Raphael Veiga e Gabriel Menino começaram bem a sequência alviverde, convertendo suas cobranças.
No entanto, tudo mudou para o Palmeiras a partir da terceira cobrança. Isso porque Murilo e Piquerez pararam nas defesas do goleiro Rafael. Do lado do São Paulo, Calleri, Galoppo, Pablo Maia e Michel Araújo foram os responsáveis pelos gols na disputa de pênaltis.
O que disse Abel Ferreira
Durante a entrevista coletiva, Abel Ferreira destacou que a Supercopa do Brasil não era uma competição, mas apenas um prêmio criado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF):
“O futuro eu não posso prever. Claro que queríamos ganhar. Isso não é uma competição. É um prêmio para duas equipes que tiveram bons desempenhos na competição no ano passado. A CBF decidiu fazer um jogo no início do ano, como se faz na Europa.”
O treinador português destacou o trabalho que o Palmeiras fez para chegar até ali e destacou que a torcida alviverde reconhece os esforços. “Se nós chegamos aqui é porque fizemos algo no passado para poder estar na final. Os torcedores reconhecem nosso esforço, nossa garra. Durante os 90 minutos, fomos melhores, tivemos as melhores oportunidades, mas não fomos eficazes para fazer os gols. Nunca disse que ia ganhar sempre”, apontou.
Disputa com o São Paulo
Questionado sobre o desempenho das equipes em campo, Abel Ferreira aproveitou para elogiar a decisão de ser um jogo único e ressaltou que o São Paulo foi mais competente que o Palmeiras ao longo da partida. “O tempo foi igual para os dois. Gosto de finais em jogo único. Não gosto de finais em jogos de ida e volta”, pontuou o treinador.
“Nosso adversário foi mais competentes que o Palmeiras. Não fomos capazes de traduzir nossas chances em gols. Tivemos o mesmo tempo para preparar para o jogo que o nosso adversário. Valorizar o espetáculo, o comportamento das duas torcidas”, destacou Abel Ferreira, que completou:
“São 14 finais. Para chegar nas finais e perder é preciso chegar. Há um trabalho que eu não desvalorizo, pois não conheço uma equipe que só vença. É muito difícil vencer de forma consistente no Brasil. É uma equipe competitiva, que sabe lidar com todos os momentos do jogo.”
Torcida mista
Por fim, o treinador do Palmeiras destacou a importância da torcida mista – dos dois times no mesmo estádio. Como o jogo foi no Mineirão, torcidas alviverde e do São Paulo estiveram presentes no mesmo ambiente, algo que ainda não é permitido em São Paulo.
“Um apaixonado como sou pelo futebol, eu gostaria de ver, sim (duas torcidas juntas no mesmo estádio). Mas não tenho conhecimento ou competência suficiente para ver se há condições para esse tipo de situação”, ressaltou o treinador.
“Há 10, 15 anos, a Inglaterra era o país mais violento no futebol. Nesse espaço, acabou-se com tudo. Havia consequências graves e duras. Não só para os torcedores, como também para os clubes. Até onde eu soube, não houve incidentes”, completou Abel Ferreira