Nesta terça-feira (30), Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, abriu o jogo sobre diversos assuntos envolvendo a temporada de 2024. Além de falar sobre a possibilidade de contar com Thiago Silva no elenco, o presidente destacou a importância de Xerém.
Durante a coletiva de imprensa, nesta terça-feira (30), o mandatário do clube carioca também revelou se houveram propostas por Guga, ressaltando a importância do planejamento do time para a temporada.
Orgulho de Xerém
Mário Bittencourt destacou a importância de continuar revelando novos talentos e ressaltou que o Fluminense está no patamar atual por conta de jogadores vendidos para outros clubes:
“O Fluminense tem que se orgulhar de Xerém. Se o Fluminense chegou vivo em 2019, é porque teve jogadores para vender. Somos um clube vendedor. Temos que continuar vendendo. Além das grandes vendas, vamos começar fazer vendas menores de jogadores que a gente sente que não vai absorver. A CBF acabou com o sub-23. Esse time que está no estadual jogariam o sub-23. Temos que criar uma linha de fazer vendas menores para jogadores que não vamos aproveitar no profissional.”
Propostas por Guga
Além disso, Mário Bittencourt revelou se Guga chegou a receber alguma proposta para deixar o Fluminense nesta temporada. “Não chegou proposta pelo clube. Vi a notícia. Às vezes acontece de recebemos proposta por e-mail”, destacou o mandatário.
“Antes de negar, eu vi a notícia e mandei mensagem para minha secretária pedindo para olhar os e-mails se chegou alguma proposta. Liguei para o Angioni e para o Fred. Mandei mensagem para o pai do jogador. O pai do jogador respondeu que não sabia de nada”, revelou o presidente.
“Por fim, eu entendi que o representante podia ter sido procurado. O representante disse que uma pessoa da Holanda iria procurar o clube. Ontem, um representante nos ligou e perguntou se tínhamos interesse em vender o jogador. E nós não temos o interesse. Mas não chegou proposta”, contou Mário.
Gramado sintético
O presidente do Fluminense também confirmou a sua oposição ao emprego de gramados sintéticos no futebol brasileiro. Durante a coletiva, o dirigente expressou críticas àqueles que argumentam que esse tipo de campo reduz os custos.
Além disso, Mário Bittencourt alfinetou o Botafogo, destacando a realização de shows no estádio do clube em meio à queda de desempenho da equipe no Brasileirão de 2023.
“Dizem que sintético diminui o custo. Mas, se você tem um clube de futebol e não consegue manter um campo de grama, você não pode ter um clube. Se não vira casa de show. Tem gente que prefere fazer cinco shows. E tudo bem. Mas eu prefiro ganhar títulos”, disse o presidente.
O dirigente ainda cutucou o Botafogo, cujo estádio, o Nilton Santos, possui gramado sintético e que, durante a reta final do Brasileirão do ano passado, sediou shows:
“Tem time que estava na liderança do campeonato, tirou do gramado sintético para receber show, colocou em gramado natural e perdeu o jogo. O próprio técnico do Grêmio disse que, se fosse em gramado sintético, o Suárez não jogaria.”
O presidente do Fluminense destacou o uso do gramado sintético. “Em um CT, quando você esfola os campos, é necessário (o sintético), quando eles estão em recuperação. Sei que tem estudo para os dois lados. Eu defendo por princípio do jogo. Futebol sempre foi jogado em gramado natural”, disse o mandatário, que completou:
“O sintético muda o jogo. O jogador fica mais lento, porque a chuteira prende mais. O quique da bola é diferente. “Ah, mas é aprovado pela Fifa”, mas não necessariamente é bom. Em 80% dos jogos, é gramado natural. Ele traz uma modificação. Vou discutir resultado esportivo. Todo clube que começa a jogar em gramado sintético, nos primeiros dois ou três anos, tem um resultado em casa muito diferente. Pode buscar aí. Porque existe uma dificuldade natural em jogar lá.”