Prestes a se tornar o mais recente reforço do Fluminense, Douglas Costa não deixou uma boa impressão na torcida do Los Angeles Galaxy, equipe na qual atuou nas últimas duas temporadas nos Estados Unidos.
A observação foi feita pelos jornalistas Kevin Baxter, especialista da equipe americana para o Los Angeles Times, o principal jornal da cidade, e Elias Burke, colaborador do site The Athletic.
Jornalistas comemoram
Em sua coluna, Baxter destacou a felicidade dos torcedores:
“Os torcedores estão muito felizes que ele foi embora. Na verdade, eles estavam esperando que a vaga de jogador designado do Douglas Costa abrisse há um tempo. Se ele não estivesse ocupando essa vaga, que é limitada, e não custasse cerca de 1/4 do salário do time, talvez tivesse sido diferente. Mas ele tomava muitos recursos do time e não dava retorno.”
Enquanto isso, Elias Burke diz que o jogador não fará falta para os torcedores:
“Os torcedores do Galaxy provavelmente não sentirão falta dele porque ele era muito inconsistente e não via o campo o suficiente para alguém que ganhava esse salário, mas certamente mostrou sua habilidade. Ele será lembrado com carinho por seu desempenho na saída do Galaxy dos playoffs em 2022 contra o LAFC – seu melhor desempenho em Los Angeles antes da temporada passada.”
A posição de jogador designado mencionada por Kevin Baxter se destina a atletas que têm permissão para receber salários acima do limite estabelecido pela Major League Soccer (MLS).
Cada clube tem o direito de contar com até três jogadores designados, distribuídos entre aqueles que recebem salários superiores ao teto estipulado e contratações em que o clube assume os custos da transferência.
Desconforto causado por Douglas Costa
Além do custo associado à contratação de Douglas Costa pelo clube americano, o que causava desconforto na torcida era o desempenho do jogador. Conforme relato de Kevin Baxter, os torcedores estavam habituados a lidar com atletas que talvez não fossem tecnicamente brilhantes.
No entanto, a verdadeira fonte de insatisfação era a percepção de falta de dedicação em campo por parte do jogador, algo que eles consideravam inaceitável:
“Os torcedores queriam o Douglas Costa que jogou no Bayern de Munique e ele não é mais aquele cara. Ele se machucou muito e, quando esteve saudável o suficiente para jogar, nem sempre parecia que dava o melhor. Ele recebeu alguns cartões vermelhos estúpidos, por exemplo. E houve mais de um jogo em que ele não parecia seguir o plano do técnico. Então, a motivação dele era estranha desde o início. Os torcedores do Galaxy podem lidar com jogadores que não são bons. Já tivemos muitos desses. Mas eles odeiam jogadores que não estão motivados e que não tentam.”
Douglas Costa acumulou um total de 51 jogos pelo LA Galaxy, contribuindo com oito gols e oito assistências ao longo desse período.
Douglas Costa enfrentou vaias em algumas ocasiões durante sua passagem pelo time da Califórnia. Dado seu status de jogador designado e um dos maiores salários da MLS, havia uma expectativa significativa de que ele desempenhasse um papel crucial para o sucesso da equipe.
Em contraste, o lateral-direito Calegari, que também esteve no Los Angeles Galaxy durante esse período, era considerado o oposto de Douglas Costa, caracterizando-se por sua consistência e dedicação, segundo a análise de Kevin Baxter.