O Palmeiras e a WTorre compartilham a gestão do Allianz Parque. No entanto, as duas partes estão envolvidas em uma longa batalha judicial.
Dessa maneira, o clube paulista busca o pagamento de aproximadamente R$ 136 milhões da empresa. Os valores são referentes a repasses de receitas da arena desde o ano de 2015.
O que disse Leila Pereira?
Ao ser questionada sobre a alocação do estádio para partidas e shows, a presidente Leila Pereira trouxe à tona a questão das receitas. Além disso, a mandatária destacou a entrada da empresa em outros estádios, como o Morumbi, Maracanã e Vila Belmiro.
“O que posso dizer a vocês é que uma receita que seria muito relevante ao Palmeiras e não recebemos um centavo. Daqui a 20 ou 25 anos, vão entregar o coliseu para a gente e não recebemos absolutamente nada”, afirmou a dirigente do Palmeiras.
De acordo com a mandatária, a WTorre não está realizando o pagamento em grande parte dos estádios com a qual atua. “Uma empresa fechada com São Paulo, Maracanã, Santos e não paga um centavo”, completou a presidente do clube.
Além disso, Leila Pereira afirmou que não pode expor tudo por conta da confidencialidade. “E pela cláusula de confidencialidade não podemos abrir o que acontece. E pelo andar da carruagem, vão entregar o Coliseu, não precisa nem ir para Roma”, debochou.
Preocupação no Palmeiras
A declaração de Leila expõe uma preocupação presente nos bastidores do Palmeiras. Alguns membros do clube acreditam que, em meio à disputa pela falta de pagamentos, a WTorre esteja dedicando cada vez menos atenção à manutenção da arena.
Isso poderia resultar em um impacto significativo ao longo dos anos, com a possível deterioração da estrutura do Allianz Parque. Essa situação pode permanecer até que o Palmeiras recupere o controle total de sua casa ao término do contrato, que atualmente está vigente até 2044.
O processo em curso na Justiça abrange percentuais das receitas geradas pelo Allianz Parque, englobando áreas como locação de shows, exploração de espaços como lanchonetes e estacionamentos, bem como aluguel de cadeiras, camarotes e direitos de nome (naming rights). Vale destacar que esses valores aumentam ao longo dos 30 anos de parceria.
Leila reitera que o Palmeiras não tem recebido nenhuma parte dessas receitas desde 2015, ao passo que a WTorre reconhece o débito, embora conteste o montante exigido.
Palmeiras e direito das receitas
De acordo com informações do ge, o Palmeiras obtém receitas por meio da locação da arena para eventos, bem como pela exploração de áreas como lojas, lanchonetes e estacionamento.
Os percentuais seriam de:
- Até 5 anos da abertura: 20%
- De 5 anos até 10 anos (estágio atual): 25%
- De 10 anos até 15 anos: 30%
- De 15 anos até 20 anos: 35%
- De 20 anos até 25 anos: 40%
- De 25 anos até 30 anos: 45%
Enquanto as receitas provenientes da locação de cadeiras, camarotes e o acordo de naming rights com a Allianz são:
- Até 5 anos da abertura: 5%
- De 5 anos até 10 anos (estágio atual): 10%
- De 10 anos até 15 anos: 15%
- De 15 anos até 20 anos: 20%
- De 20 anos até 25 anos: 25%
- De 25 anos até 30 anos: 30%