Novo treinador do São Paulo, Thiago Carpini abriu o jogo sobre a sua chegada no Tricolor Paulista. O profissional, que estava no Juventude, abriu o jogo sobre como tem sido assumir uma equipe como o atual campeão da Copa do Brasil.
Orçamento
Durante a coletiva de imprensa, o treinador comentou sobre como tem sido trabalhar com um time que tenha orçamento para contratações. “Sem dúvida, facilita, são desafios diferentes. Esse período curto de trabalho estou habituado. Eu dirigi equipe sem calendário. O Água Santa, usando esse exemplo, montamos o time dia 25 de novembro, paramos período de festas, e estreia contra o São Paulo”, disse.
“Nesse período, eu tinha de trabalhar parte física, técnica, entrosar elenco de uma equipe sempre montada do zero. Aqui no São Paulo tem uma continuidade de elenco, são outros tipos de dificuldade. Assimilar aquilo que tem sido proposto”, contou ele.
Para Carpini, as experiências são completamente diferentes, mas que está bastante otimista com a nova fase de sua carreira:
“São experiências distintas que estou vivendo na minha carreira, mas estou muito otimista. Sou muito precavido nas minhas respostas. Confio muito no dia a dia, naquilo que é proposto. Claro que uma equipe como o São Paulo sempre entra para brigar por título. Talvez seja uma oportunidade, talvez não. É uma oportunidade de brigar por coisas maiores na minha carreira.”
Experiência de jogadores
Em outro trecho da entrevista, Carpini foi questionado sobre como tem sido trabalhar com jogadores mais experientes dentro do São Paulo. “Esses jogadores mais experientes criam oportunidades diferentes daquilo que foi trabalhado, porque às vezes o adversário exige isso”, disse.
“Crio situações para facilitar o jogo e a tomada decisão na parte ofensiva é muito dos jogadores, na parte defensiva é minha. Ter jogadores como o Rafinha, o Nenê no Juventude, acabam facilitando. São pilares para nós. Jogadores que conseguem abrir algumas coisas a mais. Pela vivência, qualidade”, explicou.
O treinador citou novamente Nenê, com quem trabalhou no Juventude. “Foi assim com o Nenê no Juventude. Existe uma hierarquia. Eu chamava o Nenê de senhor, porque ele tem 42, mas ele me chamava de senhor, porque sou o técnico. As decisões são minhas. No ônus e no bônus”, contou.
“Vamos decidir e nos preparar para isso. As relações sempre foram sadias, com cada um entendendo o limite do outro. O seu direito vai até onde começa o do seu companheiro. E talvez isso com os jovens seja mais difícil”, completou o treinador.
Referências na carreira
Por fim, o treinador foi questionado sobre quem são as suas grandes referências dentro do futebol. Ele citou Dorival Júnior, que agora está na Seleção Brasileira, e Fernando Diniz, que está no Fluminense.
“Sempre gostei da maneira do Dorival, admiro o Fernando Diniz. Eu gosto da gestão de pessoas do Renato Gaúcho. Faz isso como poucos. O ambiente, a gestão como leva o ambiente de maneira leve. Eu prezo muito. De fora, o Guardiola, que é uma referência para todos. Um pouco de Klopp”, afirmou.
“Dentro disso a gente vai formando nossas ideias, nossos conceitos. Eu tenho uma pessoas que tenho uma gratidão que é o Evaristo Piza. Foi meu atleta e enxergou em mim isso de ser técnico. Me convidou para ser auxiliar dele, mas achei que não era o momento”, completou.
“Aprendi muito como pessoa, como gestão. Eu sempre cito ele em forma de gratidão. Acho que isso é uma coisa muito bonita e não posso esquecer quem me deu a mão lá atrás”, disse o novo treinador do São Paulo.