Na última quinta-feira (11), aconteceu a apresentação de Dorival Júnior como o novo treinador da Seleção Brasileira. O técnico, que saiu do São Paulo, deu uma entrevista coletiva.
Durante a conversa com a imprensa, o treinador destacou o trabalho que deve ser aplicado e explicou como deve compor a comissão técnica do Brasil.
Alterações na Seleção
Questionado sobre algumas mudanças que deve impor na Seleção Brasileira, o treinador destacou que seu trabalho é de “formiguinha”, acontecendo de forma gradativa:
“Eu acho que não é nem uma mudança de nomes, o que vem acontecendo de uma maneira gradativa em relação à Seleção que jogou a última Copa. É uma mudança emocional, postural. Uma mudança que o atleta tem que entender que está aqui vestindo uma camisa muito pesada, referência no mundo todo. Se nesse instante, não estamos em uma posição adequada em relação à nossa classificação para a próxima Copa, vamos tentar o máximo para reverter tudo isso.”
Dorival ainda destacou que o futebol apresentado precisa ser efetivo. “Primamos por ter um futebol vistoso, bem jogado, mas acima de tudo efetivo. Não podemos deixar essas características. Temos que tentar manter o máximo possível”, destacou o técnico.
“Temos que voltar a fazer grandes jogos. Todos nós temos que entender um pouco mais o que representa essa Seleção. Acima de tudo, que cada um assuma um pouco mais a responsabilidade quando forem convocados”, completou ele.
Mudanças na convocação?
Outro ponto abordado por Dorival Júnior é em relação às convocações. O treinador destacou que muitos jogadores que atuam no Brasil têm a mesma qualidade dos atletas que estão no futebol europeu, por exemplo.
“Às vezes temos uma referência lá fora, que passa a ser muito melhor que o Campeonato Brasileiro, mas temos que repensar isso. Às vezes o nosso campeonato é muito mais difícil do que muitos lá fora. Se preparem, vou contar com muitos jogadores que estejam aqui dentro”, começou Dorival.
“Não tenho dúvidas, desde que tenham merecimento para uma convocação. Vou tentar fazer o máximo para que não erre, quer esteja na Inglaterra, Itália, Portugal e aqui dentro. Eles têm que saber que disputam um dos campeonatos mais difíceis e disputados do mundo”, completou ele.
Apoio da torcida
Sobre a retomada da confiança dos jogadores da Seleção, o treinador destacou que o apoio da torcida será fundamental. “A recuperação da confiança vai acontecer com treinamentos, com jogos, vitórias. Temos que trazer o torcedor para mais perto da seleção. É um trabalho de formiguinha, que queremos de todos vocês”, afirmou Dorival.
O treinador ainda aproveitou para falar da importância da união entre Seleção Brasileira e de sua torcida:
“Tite fez um dos trabalhos mais bonitos dos últimos anos em relação a uma seleção. Infelizmente, acabaram não acontecendo nas duas Copas. Mas foi trabalho de altíssimo nível, temos que enaltecer e muito. Acredito que ele tenha feito o máximo possível para encontrar um pouco mais essa aproximação com o torcedor. Conto muito com a presença e participação de vocês, com sugestões e ideias, para mudar um pouco esse contexto. Para fazer com que a Seleção seja realmente a Seleção do povo brasileiro. O camarada perdeu o carinho e amor pela seleção brasileira. Temos que mudar isso. Só vamos mudar quando parar de dividir, temos que somar esforços.”
Nova comissão
Por fim, o treinador não deu pistas sobre como deve montar a sua comissão técnica. De acordo com Dorival, ele ainda não conversou com Fernando Diniz, que havia assumido a equipe de forma interina:
“Não, não conversei ainda com o Fernando (Diniz). Com relação à comissão, venho conversando com o presidente. É um momento em que eu preciso ter ao meu lado pessoas que também confio, com quem já trabalhei. Algumas funções serão necessárias, dentro da liberdade que ele me deu, não que os que estão aqui dentro não sejam profissionais. Preciso ter pessoas ao meu lado com quem já tive momentos positivos e negativos. Algumas situações, com certeza, precisaremos intervir. Presidente me deu liberdade, mas com responsabilidade com os profissionais que aqui estão e com aqueles que poderão chegar.”